Valkyrie

Realizado por: Bryan Singer

Argumento: Christopher McQuarrie & Nathan Alexander

Actores: Tom Cruise (Colonel Claus von Stauffenberg), Kenneth Branagh (Major-General Henning von Tresckow), Bill Nighy (General Friedrich Olbricht), Tom Wilkinson (General Friedrich Fromm)

Pontuação:

Crítica:

    Desde o inicio da sua publicitação que este filme me captou a atenção. Primeiro porque sempre apreciei filmes cuja temática seja a 2º Guerra Mundial. Segundo porque este filme parte de uma história verídica, história essa que eu desconhecia por completo, o que me incentivou ainda mais a ver o filme. 

    A história verídica a que me refiro é a tentativa de assassinato de Hitler, onde foi colocada uma bomba debaixo de uma mesa onde Hitler planeava as estratégias militares para a guerra. Sim, admito, sou um ignorante e antes de ver este filme, desconhecia por completo qualquer tentativa de assassinato de Adolf Hitler, nem nunca me tinha questionado sobre a existência de atentados à vida do mesmo.

    Aviso desde já que a referência ao enredo do filme irá ser curta e pouco pormenorizada porque isso iria tirar a “piada” toda ao filme, para os espectadores que desconheçam o background histórico ou mesmo para aqueles que apesar de o conhecerem, já estejam um pouco esquecidos da história.

    Como já referi anteriormente, este filme é sobre um dos atentados à vida de Hitler e a tentativa de tomada de posse da Alemanha nazi por parte de altos oficiais do exército Alemão. O plano era alterar o plano de continência em caso de morte de Hilter, plano esse que era conhecido por Valkyrie. As alterações iriam permitir a formação de um governo provisório em tempo recorde e concedendo a esse governo ainda mais poder.

    Escusado será dizer que para o plano funcionar, Hitler teria de morrer. Ainda mais escusado será dizer que isto não correu como o esperado. E assim deste plano engenhoso e deste atentado falhado deriva o resto de filme, do qual não revelarei mais informações sobre o enredo.

    Na minha opinião, este filme é bastante interessante e mesmo educativo pois relata um episódio da 2º Guerra Mundial que normalmente passa desapercebido devido a acontecimentos mais marcantes da mesma época. Apesar de não possuir uma influência histórica da magnitude de por exemplo o dia D (desembarque das tropas aliadas em França no dia 6 de Junho de 1944) não deixa de ser um acontecimento que mudou o rumo da história.

    Penso que o realizador conseguiu recriar de forma muito boa o ambiente da época, o que facilita a compreensão de algumas cenas do filme por parte dos espectadores. Destaca-se assim, pela positiva, o guarda-roupa e a caracterização das personagens que em muito contribuem para o retrato fiel da época. Os espaços físicos destacam-se também pela positiva, por serem variados e por possuírem uma apresentação semelhante à que realmente existia na época.

    O filtro visual utilizado é muito versátil, tanto contribuindo para a imagem de austeridade da Alemanha Nazi como para o enfadonho mundo das burocracias nos gabinetes de oficiais alemães ou mesmo para transmitir a pureza e paz quando em contacto com elementos naturais como por exemplo na cena da floresta que serve de abrigo para o “Wolf’s Lair”

    Existem variadas cenas onde contrasta o silêncio ou o harmonioso com o barulhento caos, próprio da guerra, o que leva o espectador a interrogar-se se a guerra vale mesmo a pena. Além disso este tipo de cenas causa um maior impacto nos espectadores aquando da visualização do filme.

    O actor escolhido para interpretar o papel de líder desta tentativa de revolução foi o conceituadíssimo Tom Cruise (Colonel Claus von Stauffenberg), que apesar de à primeira vista não encaixar neste tipo de filme, tem uma performance incrível que ultrapassa esse problema inicial. Já os restantes actores não padecem do mesmo problema mas têm uma performance mais baixa que Cruise, mas aceitável (não se destacam pela positiva nem pela negativa). Contudo existe um actor que além de destoar do meio onde se encontra tem uma performance bem abaixo do que esperava de um actor destes. Estou a falar de Tom Wilkinson que desempenhou o papel de General Friedrich Fromm. Além de ser um britânico que não tem nem uma verosimilhança com os povos da Germânia, a sua performance não me convenceu de todo.

    Para os mais esquecidos ou para aqueles que desconhecem este episódio da guerra, aconselho vivamente a visualização deste filme.  Para os espectadores que ainda se recordam desta tentativa de assassinato, aconselho-os igualmente a ver este filme pois é um óptimo filme de acção com um elenco de luxo.

    Um filme que passou desapercebido devido a pouca popularidade deste tipo de filmes nos dias que correm, mas de facto um bom filme para os fãs deste género ou para os interessados em história.

Elaborado por: João Rego