The Edukadores

Realização : Hans Weingartner

Argumento : Katharina Held, Hans Weingartner

Actores : Daniel Brühl (Jan), Stipe Erceg (Peter), Julia Jentsch (Jule), Burghart Klaußner (Hardenberg)

Pontuação :

  6 de 10

Crítica:

 

 

Quanto a este filme, o que se pode afirmar imediatamente é que é claramente um filme alternativo. Isto não é indicador de fraca qualidade cinematográfica, até porque há alguns filmes alternativos bastante bons, mas indica o baixo orçamento deste filme.

O filme conta a história de 2 jovens alemães, Jan (Daniel Brühl) e Peter (Stipe Erceg) que invadem casas de pessoas mais afortunadas enquanto estas (as pessoas) se encontram em férias. O seu “modus operandi” consiste em mover a mobília da casa, sem roubar ou danificar nada, e deixar um bilhete com uma mensagem “Os dias de abundância acabaram!” auto-intitulando-se “Os Edukadores”. Fazem isto como forma de rebelião, utilizando o factor psicológico para desorientar as famílias mais abastadas. Consideram a “escravidão” da classe média simplesmente inaceitável e decidem lutar contra isso.

Peter irá ausentar-se durante algum tempo, tempo esse que irá ser aproveitado pelo seu companheiro (Jan) para conhecer melhor a namorada de Peter[Jule (Julia Jentsch)] . Jule, uma jovem enterrada em dívidas causadas por um acidente rodoviário, é um bom exemplo de uma “escrava actual”. Jan introduz a jovem no esquema, quase sem querer, e quando esta repara que o milionário a quem deve dinheiro está na lista de casas a invadir, convence Jan a invadir a casa com ela.

Só que esta invasão não corre bem, e acabam por ser apanhados por Hardenberg (Burghart Klaußner), o dono da casa. Assim, vêem-se obrigados a rapta-lo até saberem o que fazer.

Na minha opinião, este filme é medíocre, bastante previsível e um pouco enfadonho. O enredo está bem construído, mas a inserção do triangulo amoroso entre os 3 jovens, só vêm a juntar algo que faça acordar os espectadores e não algo que contribua para o desenvolvimento do tema do filme. Aos 30 minutos de filme, já se tem uma boa ideia do que se vai passar no final do filme. Isto é uma das coisas que mais desprezo nos filmes, a sua previsibilidade, tira a “piada” toda do filme…

A temática do filme por outro lado, é algo que passa desapercebido aos olhos de muitos. De facto nos dias de hoje, andamos constantemente a correr de um lado para o outro mas poucos se perguntam porque correm. Este filme é uma resposta a essa questão, exprimindo-se um sentimento de inutilidade de vida, onde trabalhamos e sofremos para que outros possam encher as suas casas com inutilidades caras que nunca utilizam. Revela-se uma juventude que quer lutar por algo sem saber bem o quê nem como o vai fazer. Penso que é uma mensagem que nos faz pensar porque é que realmente corremos de um lado para o outro, sem aproveitar as coisas mais simples da vida, coisas como estar sentado a contemplar a noite estrelada até nadar num dia de quente de Verão, num lago de águas límpidas. Uma mensagem simples mas poderosa…  

Destacam-se igualmente pela positiva os cenários, as paisagens do filme e os planos de filmagem utilizados. A qualidade de representação dos actores nem se destaca pela positiva nem pela negativa, é aceitável.

 

Elaborado por:

João Rego


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